Com o cenário político da Paraíba em movimento, o senador Efraim Filho (União Brasil) já avalia possíveis mudanças de partido com vistas à disputa pelo Governo do Estado em 2026. A decisão pode ser acelerada caso ele perca o comando da federação União Progressistas para o grupo liderado pela família Ribeiro.
Pré-candidato declarado ao governo pelo campo das oposições, Efraim vem se articulando nos bastidores para garantir palanque, estrutura e legenda viável para sustentar seu projeto estadual. Entre os partidos que surgem como alternativas estão o PSD, comandado na Paraíba pelo ex-deputado federal Pedro Cunha Lima; a Fusão PSDB/Podemos, o MDB, o PRD e até mesmo o Partido Liberal (PL), sigla Bolsonarista que tem ampliado sua influência no Nordeste.
Nos bastidores da política paraibana, dirigentes do PL têm cortejado com entusiasmo o senador Efraim Filho e avaliam que sua filiação representaria um reforço de peso para o partido no Senado Federal, além de ampliar o campo de articulação da legenda em um estado considerado estratégico. Além disso, Efraim possui bom trânsito entre diferentes grupos políticos e tem ampliado seu protagonismo nos debates nacionais, o que o torna um nome atrativo para os planos de retomada do poder pela direita.
A mudança de legenda, se confirmada, seria estratégica para consolidar sua posição dentro de um grupo oposicionista que já conta com outros nomes fortes, como o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil); o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos); e o próprio Pedro Cunha Lima — que disputou o segundo turno nas eleições de 2022 contra o governador João Azevêdo (PSB), recebendo mais de 1,1 milhão de votos e vencendo em 53 municípios.
A possível migração de Efraim ocorre em meio a disputas internas que podem redesenhar alianças e influenciar diretamente a formação das chapas para 2026. Com a oposição fragmentada, a definição partidária do senador será um passo decisivo para a costura de uma frente competitiva nas próximas eleições estaduais.
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