Muito ativa e empenhada em limpar o lixo nas ruas perto de casa, a pequena Matilda Pritchard, 11 anos, vivia com uma doença cardíaca grave e genética que não apresentava nenhum sintoma. Na noite de 2 de abril deste ano, a menina, que parecia saudável, foi dormir normalmente mas faleceu durante a noite.
Os pais de Matilda, Steve e Anna, encontraram a menina morta em sua cama pela manhã e chamaram a emergência rapidamente. Apesar de o socorro ter chegado em dois minutos, o falecimento foi declarado antes que ela chegasse ao hospital.
Após autópsia, a família foi informada que Matilda tinha cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito. A doença, que acomete uma a cada 2 mil pessoas, é caracterizada pela substituição de células do tecido cardíaco por fibras, o que causa arritmias e, eventualmente, insuficiência cardíaca. De acordo com o Manual MSD, a condição é responsável por 10% dos casos de morte súbita.
A cardiomiopatia arritmogênica nem sempre apresenta sintomas, mas pode causar taquicardia, desmaios, falta de ar, dor e até parada cardíaca. “Considera-se que o esforço contínuo e intenso acelera o início e a progressão da doença”, diz o manual de prática médica.
Como a condição é genética, a família se preocupou principalmente com Olívia, a irmã mais velha de Matilda, que tem 14 anos. Todos foram examinados, e ninguém da família tem problemas cardíacos — é possível ter o gene e não desenvolver a doença.
O pai da menina, Steve, afirma que a situação é “terrivelmente catastrófica”, mas que a família está arrecadando fundos em nome de Matilda para financiar um programa educacional sobre não jogar lixo no chão, um dos assuntos mais importantes para a menina.
Metrópoles
Comentários