(FOLHAPRESS) – Líderes das siglas do centrão, grupo de partidos que forma a base de apoio político de Jair Bolsonaro (PL), disseram à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que, a despeito da repetição frequente de insinuações e falas antidemocráticas do presidente nas últimas semanas, o tema não se transformou em tema de preocupação ou mesmo de conversas entre eles.
Eles afirmam que no ano passado, após falas mais extremadas de Bolsonaro e sequências de ataques a instituições democráticas, o assunto passou a aparecer com frequência como tema de análises e reflexões dos parlamentares do bloco.
No entanto, dizem, com o clima eleitoral já instalado nos últimos meses, o assunto perdeu espaço e até mesmo sumiu de alguns ambientes.
A perspectiva cultivada por lideranças do centrão de que Bolsonaro ultrapassará Lula (PT) nas pesquisas de intenção de voto antes do primeiro turno também tem ajudado a escantear para eles o debate sobre o golpismo do presidente.
Isso porque, obviamente, se Bolsonaro de fato vencer as eleições, como eles esperam, a discussão sobre a possibilidade de uma manobra antidemocrática do próprio presidente deixa de fazer sentido.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que a diferença entre os dois pré-candidatos têm diminuído nos últimos meses e que ele tem a expectativa de que Bolsonaro ultrapasse Lula nas pesquisas no final de maio ou junho.
“Eleição majoritária é tendência, quando vem ninguém segura”, disse
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