O Padre Francivaldo do Nascimento Albuquerque, em entrevista ao programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, comentou sobre a polêmica acerca de um teólogo inglês que, em sua tese, relata que Jesus Cristo sofreu abuso sexual antes da crucificação.
David Tombs, 57 anos, professor de Teologia e Questões Públicas da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, entende que Cristo sofreu abuso sexual quando foi despido em público pelos soldados romanos, passagem que é relatada na Bíblia.
Para o Padre Francivaldo, existem aspectos mais importantes da vida, morte e ressurreição de Cristo que devem ser lembrados e debatidos. “Quando as pessoas não são capazes de falar sobre o amor, falam sobre o horror”, criticou.
“O Cristo foi humilhado, de fato, e teve como última consequência a cruz, mas o aspecto maior do mistério é exatamente o perdão da cruz”, acrescentou.
Padre Francivaldo diz ainda que os cristãos devem refutar declarações “descabidas” e que, mesmo que tenha havido os supostos abusos, isso não edificaria em nada a humanidade.
A tese
A tese de David Tombs está presente em um artigo chamado “Crucificação, terrorismo de Estado e abuso sexual”. Para justificá-la, ele cita, entre outras passagens bíblicas, o Livro de Marcos 15:15:
“Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás e, açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado. E os soldados o levaram dentro à sala, que é a da audiência, e convocaram toda a coorte [unidade militar romana com 500 soldados]. E vestiram-no de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus! E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele e, postos de joelhos, o adoraram. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes; e o levaram para fora a fim de o crucificarem”.
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