“A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.”
Florbela Espanca
É verdadeiramente impressionante, não se tem como dimensionar o nível de ilusão das pessoas, isso evidentemente em todos os aspectos, um funcionário que se ilude acreditando que o patrão é seu amigo, aquela figura que é desprovida de bens materiais, porém vive de nariz “empinado” se achando a última bolacha do pacote, e muitas outras situações.
Pois bem, teríamos como ilustrarmos várias situações, mas a política como protagonista principal nesta modesta reflexão nos apresenta um cenário utópico e fantástico. Imaginem vocês, o ser humano acreditar que é uma liderança política, chega a ser hilário, exatamente, seria trágico, se não fosse cômico, pior ainda é que essas figuras tem suas ilusões alimentadas por políticos que as valorizam, prestigiando-as das mais variadas formas.
Segundo Otto Von Bismarck, “A política é a arte do possível”, a frase nos traz uma reflexão, e até certo ponto uma verdade, que é possível se vender ilusões, porque existem os compradores, no entanto nos traz também uma realidade, que os compradores preferem comprar gato por lebre, porque a ilusão das falsas palavras lhes fazem bem.
É nessa vertente que podemos afirmar que a grande maioria dos políticos gostam de ouvir o que lhe convém, evitando ouvir o que não lhe agrada, mesmo quando se trata da verdade. Na Bíblia, o conceito de bajulação refere-se ao ato de elogiar excessivamente alguém com a intenção de obter vantagem pessoal. Esse conceito também é conhecido como “lábios lisonjeiros” (Salmos 12,2), pois representa uma tentativa de obter favores a todo custo através de elogios e atenções excessivas ou insinceras.
Portanto, é nesse “comércio de ilusão” que ambos podem sair no prejuízo, o comprador e o vendedor.
DA REDAÇÃO