A madrugada desta terça-feira expôs mais uma vez um problema que insiste em se repetir em diversos pontos de Monteiro: sacos de lixo rasgados e espalhados pelas ruas. Moradores registraram ocorrências na fábrica de picolé de Deca, na esquina de Assis Bastos, ao lado do matadouro e na rua do Instituto José Pereira do Nascimento — um verdadeiro mapa da falta de cuidado com o que é coletivo.
O cenário, longe de ser um caso isolado, revela um hábito que já se naturalizou entre parte da população: colocar o lixo fora do horário de coleta, em sacos frágeis ou simplesmente largados, sem qualquer proteção. O resultado é previsível — sujeira nas calçadas, mau cheiro e transtorno para quem precisa sair cedo de casa ou depende do serviço de limpeza urbana.
Apesar disso, muitos seguem apontando culpados nas redes sociais, como se a cidade estivesse suja por responsabilidade exclusiva do município. A realidade, porém, é incômoda: não é apenas descuido, é falta de respeito com a comunidade. Respeito com quem transita, com quem trabalha na coleta, com quem tenta manter a cidade organizada.
Não são animais que “invadem” o lixo.
É a própria população que o deixa vulnerável.

A contradição é evidente: quem exige melhorias públicas, muitas vezes não cumpre o básico dentro da própria calçada. Enquanto essa mentalidade persistir, nenhuma quantidade de varrição, caminhão ou mutirão dará conta.
Monteiro segue merecendo mais.
Mas, antes disso, precisa que seus moradores entendam que cidade limpa não depende só da prefeitura — depende, sobretudo, de consciência e responsabilidade coletiva.
PARAÍBA DA GENTE





















