O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como principal nome para substituir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa eleitoral do ano que vem, afirmou neste sábado, 22, que a prisão do ex-chefe do Poder Executivo “atenta contra o princípio da dignidade humana”.
“Jair Bolsonaro tem enfrentado todos os ataques e todas as injustiças com a firmeza e a coragem de poucos. Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos provenientes das mais diversas fontes, todos os laudos médicos e evidências, além de irresponsável, atenta contra o princípio da dignidade humana. Bolsonaro é inocente e o tempo mostrará. Seguimos firmes ao seu lado e lutaremos para que essa injustiça seja reparada o quanto antes”, disse o governador de São Paulo.
Tarcísio havia conseguido liberação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para visitar Bolsonaro no condomínio onde mora em Brasília. A data do encontro estava marcada para 10 de dezembro próximo. As visitas foram canceladas diante da prisão preventiva realizada neste sábado. Havia expectativa de o ex-presidente receber também os governadores do Rio e Goiás, respectivamente, Cláudio Castro (PL) e Ronaldo Caiado (União Brasil). Para visitá-lo, todos terão de realizar novo pedido.
Bolsonaro teve a prisão decretada depois de o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal alertar o STF sobre a ocorrência de “violação do equipamento de monitoramento eletrônico” usado pelo ex-presidente. A possível ruptura da tornozeleira teria se dado, segundo Moraes, no início da madrugada deste sábado, “às 0h08, do dia 22/11/2025”. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, diz Moraes.
Logo após o cumprimento da decisão de Moraes pela Polícia Federal, aliados do ex-presidente Bolsonaro se manifestaram contra a medida imposta. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por exemplo, disse que “a injustiça prevaleceu”. Já Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, afirmou por meio de publicação nas redes sociais que “para qualquer espectador externo é no mínimo confuso entender a situação atual brasileira”.
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