A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, um novo tratamento para o mieloma múltiplo, um tipo de câncer no sangue que afeta a medula óssea e compromete a produção normal de células sanguíneas. O medicamento Blenrep (belantamabe mafodotina), desenvolvido pela GSK, representa uma nova classe terapêutica para pacientes que sofrem com a doença e passa a ser indicado já a partir da segunda linha de tratamento.
O mieloma múltiplo é caracterizado pela proliferação de plasmócitos malignos, células do sistema imunológico responsáveis pela produção de anticorpos. Essa condição prejudica a medula óssea, deixando o paciente mais vulnerável a anemia, infecções, dor óssea, fadiga e até insuficiência renal.
De acordo com dados epidemiológicos, a doença representa 10% de todos os cânceres hematológicos no mundo, com estimativa de 7.600 novos casos por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar dos avanços recentes, o mieloma múltiplo ainda é considerado um tumor sem cura, e muitos pacientes enfrentam recaídas frequentes, o que dificulta o controle da enfermidade a longo prazo.
“A aprovação de Blenrep no Brasil marca um avanço significativo para pacientes com mieloma múltiplo, que passam a contar com uma nova classe terapêutica já na segunda linha de tratamento”, afirmou Fábio Lawson, diretor médico da GSK Brasil.
Segundo ele, o medicamento oferece eficácia robusta com perfil de segurança manejável, sustentado por evidências científicas publicadas em revistas de alto impacto, com participação expressiva de centros de pesquisa brasileiros nos estudos clínicos.























