A cultura popular de Monteiro e de todo o Cariri Paraibano amanheceu em silêncio com a partida do poeta e professor José Balbino, carinhosamente conhecido como Zé Jabitacá. O falecimento ocorreu na noite de ontem, em João Pessoa, onde o poeta estava em tratamento de saúde.
Figura querida e respeitada, Zé Jabitacá foi muito mais que um educador: foi um defensor da poesia, da sabedoria popular e das raízes nordestinas. Sua vida foi marcada pela arte de transformar o cotidiano em versos e a simplicidade em lição.
Professor aposentado, mas eternamente poeta, Zé Jabitacá acreditava que ensinar era um ato de amor e que a palavra rimada era ponte entre o conhecimento e a alma. Por onde passou — nas escolas, nas feiras literárias, nos encontros de poetas — deixou sua marca de alegria, humildade e generosidade.
O poeta faleceu em João Pessoa, onde estava internado. O corpo será velado e sepultado nesta terça-feira, às 16h, onde familiares, amigos e admiradores farão a última despedida.
Diversos poetas e artistas da região lamentaram a perda. Nas redes sociais e nos microfones das rádios locais, as homenagens se multiplicaram:
“Zé Jabitacá foi mais que um poeta, foi um símbolo vivo da cultura do Cariri. Um homem simples, mas de alma grandiosa, que fez da palavra um instrumento de fé e resistência.”
Monteiro perde um filho ilustre, um mestre das palavras e da vida.
Mas os versos de Zé Jabitacá permanecem — ecoando nas praças, nas escolas, nos programas de rádio e na memória de todos que tiveram o privilégio de ouvi-lo declamar.
PARAÍBA DA GENTE