No Result
View All Result
9 de setembro de 2025
Paraíba da Gente
  • Início
  • Notícias
  • Política
  • Policial
  • Polêmica
  • Web Rádio
  • Web TV
  • Sobre
  • Contato
  • Login
No Result
View All Result
  • Início
  • Notícias
  • Política
  • Policial
  • Polêmica
  • Web Rádio
  • Web TV
  • Sobre
  • Contato
No Result
View All Result
Paraíba da Gente
No Result
View All Result

Como o 7 de Setembro virou uma batalha entre petistas e bolsonaristas

Os antagonistas da política brasileira transformaram o 7 de Setembro em uma disputa. Enquanto o governo Lula e a esquerda articulam atos pela "soberania", bolsonaristas usam a data para protestar e pedir anistia ao 8 de Janeiro

paraibadagente por paraibadagente
07/09/2025
in Destaques
0
Como o 7 de Setembro virou uma batalha entre petistas e bolsonaristas
400
SHARES
2.4k
VIEWS
WhatsAppFacebook

O 7 de Setembro, tradicionalmente marcado por desfiles cívico-militares e exaltação à Independência, voltou a ser dominado pela disputa política. Desde os tempos do ex-presidente Jair Bolsonaro, a data deixou de ser apenas um marco cívico e passou a funcionar como arena simbólica da polarização. Em 2025, o embate se repete: de um lado, o governo Lula e o PT buscam mobilizar atos em diversas cidades com a marca da “soberania nacional”; de outro, os bolsonaristas pretendem transformar o verde e amarelo em bandeira de protesto e reivindicação de anistia.

A estratégia petista aposta na capilaridade. O partido, em articulação com movimentos sociais e organizações religiosas, programou atos em dezenas de cidades dentro da 31ª edição do Grito dos Excluídos. A lista parcial inclui capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília, além de municípios médios e pequenos. O mote oficial, “Brasil Soberano”, reforça a tentativa de associar patriotismo à defesa da democracia, da justiça social e da soberania nacional. Na prática, os eventos funcionam como vitrines políticas para o presidente Lula em ano pré-eleitoral, ainda que sob roupagem cívica e institucional.

No campo oposto, o bolsonarismo prepara mobilizações de rua em tom abertamente oposicionista. Militantes prometem marchar vestidos de verde e amarelo, exigindo anistia a Jair Bolsonaro e aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, além de pedir a saída de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento investe no poder dos símbolos pátrios para reforçar a narrativa de que representa o “povo verdadeiro” contra as instituições.

Para o cientista político Márcio Coimbra, a data se consolidou como um “comício eleitoral simbólico” disputado por dois projetos de poder. “Assistimos a um processo de instrumentalização da data por dois polos antagônicos. O que era um marco de unidade nacional cívica transformou-se na principal arena de disputa narrativa da polarização brasileira”, afirmou.

O cientista político Magno Karl, diretor-executivo do movimento Livre, também avalia que a independência deixou de ser um momento de celebração cívica para se tornar espaço de confrontação. “Desde a redemocratização, é a primeira vez que temos uma força política eleitoral relevante que se beneficia da utilização dos símbolos nacionais. O bolsonarismo fez disso um pilar central de mobilização, e o governo tenta apenas equilibrar o jogo. Mas a identificação do 7 de Setembro com a direita é muito mais forte”, disse.

Karl lembra que a esquerda também recorre ao nacionalismo, mas de maneira distinta. “O nacionalismo da esquerda é essencialmente econômico, está no discurso contra a dominação estrangeira e na defesa de empresas brasileiras. Brizola usava a bandeira e o hino em campanhas, mas numa escala incomparável à apropriação feita pela direita hoje. A diferença é que o bolsonarismo encampou os símbolos com muito mais competência”, avaliou.

Esse processo, segundo ele, gera uma “contaminação simbólica”. “Quando a bandeira ou o 7 de Setembro passam a ser vistos como símbolos de um grupo político, deixam de representar todos. Isso enfraquece a identidade coletiva do país. A camisa da seleção, por exemplo, era orgulho nacional e virou sinalização ideológica. Para parte da população, hoje, vestir verde e amarelo é declarar apoio a uma corrente política específica”, apontou.

O cientista político ressalta que não há ineditismo absoluto nesse tipo de apropriação. Regimes autoritários em diferentes países, inclusive no Brasil durante a ditadura militar, sempre instrumentalizaram datas nacionais. A novidade está na intensidade e na persistência após quatro décadas de democracia. “O 7 de Setembro já está contaminado. É muito difícil pensar na data apenas como ocasião para assistir ao desfile militar. Talvez demoremos muito tempo para resgatar seu sentido original”, disse Karl.

CORREIO BRAZILIENSE COM PARAÍBA DA GENTE

Previous Post

Gambá é imune a veneno de escorpião e ajuda no controle, diz biólogo

Next Post

Renan Santos promete invadir favela no 1º dia de mandato, caso seja eleito presidente.

Next Post
Renan Santos promete invadir favela no 1º dia de mandato, caso seja eleito presidente.

Renan Santos promete invadir favela no 1º dia de mandato, caso seja eleito presidente.

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Paraíba da Gente

© 2025 Paraíba da gente - Monteiro - PB .

  • Início
  • Sobre
  • Contato

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Início
  • Notícias
  • Política
  • Policial
  • Polêmica
  • Rádio
  • Contato
  • Sobre
  • Login

© 2025 Paraíba da gente - Monteiro - PB .