Renan Santos, pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Missão, afirmou que não participará da tradicional cerimônia de posse caso seja eleito presidente. Segundo ele, o primeiro dia de mandato será marcado por uma ação conjunta com o governo do Rio de Janeiro para “libertar o povo” de comunidades dominadas pelo crime organizado.
“No primeiro dia de mandato, eu sequer vou ficar lá recebendo a faixa. Nós vamos pegar um avião e encontrar o governador do Rio eleito pela Missão, Bombeiro Rafa, com seu vice, Sargento Martins, o Bruxo”, declarou Renan. A declaração foi feita durante um pronunciamento político nesta quarta-feira (4), nas redes sociais.
Segundo o candidato, a agenda do dia 1º de janeiro de 2027 já está definida: “Vamos encontrar as forças de segurança e vamos, conforme previamente combinado e construída a estratégia, invadir e tomar a primeira das favelas e libertar as pessoas. E ali, na primeira operação, que vai acontecer no dia 1º de janeiro de 2027, o jogo vai começar.”
A fala marca mais um capítulo da retórica combativa de Renan Santos, que defende uma atuação direta do Estado contra facções criminosas e milícias. O Partido Missão, fundado recentemente, se apresenta como uma alternativa à velha política, com forte discurso de ordem, combate ao crime e reestruturação moral do país.
O plano anunciado por Renan, no entanto, deve gerar reações de diferentes setores da sociedade, especialmente quanto ao uso das Forças Armadas ou policiais em territórios urbanos já no início do mandato. Não há, até o momento, posicionamento oficial de autoridades do Rio de Janeiro sobre a declaração.
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