O ex-senador Cássio Cunha Lima relembrou, em entrevista, o jeito humano e popular do pai, o ex-governador Ronaldo Cunha Lima, destacando sua forte ligação com cidades do Cariri paraibano, especialmente Cabaceiras e São Domingos do Cariri.
Segundo Cássio, Ronaldo era um homem de multidões, mas que também sabia cultivar amizades individuais. “Meu pai tinha a capacidade de se relacionar com as pessoas um por um. Quem conviveu, de fato, com ele, foi tocado de forma muito pessoal, muito personalíssima”, ressaltou.
Ele citou exemplos de relações de amizade que o pai manteve ao longo da vida, independentemente de posição social. “O João Preto, um pescador de Cabaceiras, era um grande amigo do meu pai. Ele não ia à Cabaceiras sem passar na casa de João Preto. E ele fazia isso em várias cidades, mesmo quando já era governador ou senador”, destacou.
Cássio lembrou ainda da postura simples de Ronaldo Cunha Lima, que mesmo ocupando cargos de destaque, mantinha a proximidade com o povo. “Do nada, ele chegava como senador, com o broche, ia a São Domingos tomar uma, conversar com as pessoas. Ninguém esperava, mas ele era assim”, disse, mencionando também a amizade do pai com o senhor Zé Ferreira, em São Domingos.
Entre as inúmeras obras realizadas por Ronaldo Cunha Lima na Paraíba, Cássio destacou uma de grande importância pessoal para o ex-governador: a ponte de Cabaceiras. “Ele tinha orgulho enorme dessa obra, porque na juventude ficava isolado quando o rio mudava o curso das águas. Logo no início do mandato como governador, conseguiu realizar a ponte e sempre lembrava dela como uma das suas maiores conquistas”, afirmou.
A fala de Cássio aconteceu durante o lançamento do filme Habeas Pinho, que retrata a trajetória do poeta, ex-governador e ex-senador Ronaldo Cunha Lima. A exibição ocorreu em João Pessoa, em uma sessão especial voltada para convidados e representantes da imprensa.
Para Cássio, essa combinação de gestor competente, poeta e homem do povo é o que eterniza Ronaldo Cunha Lima na memória dos paraibanos: “Ele tinha esse olhar humanista, essa capacidade de tocar o coração das pessoas”.
Com Blog do Bruno Lira