Depois de quatro anos, o Brasil deixou novamente o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 28, durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da entidade, que acontece em Adis Adeba, capital da Etiópia. O critério para sair da estatística é que menos de 2,5% da população esteja em risco de subnutrição ou em risco de não receber a alimentação suficiente.
A ONU analisou dados dos anos de 2022, 2023 e 2024. Em 2021, o país havia retornado ao Mapa da Fome, do qual havia saído em 2014. Segundo dados que constam no relatório da ONU divulgado nesta segunda, o Brasil estava com 5,7% da população em risco de subnutrição, número que caiu para menos de 2,5% nos últimos anos.

Dados do último Censo apontam que o Brasil tem 212,6 milhões de habitantes. Em números absolutos, o percentual divulgado pela ONU revela que o país tinha 12,11 milhões de pessoas passando fome e agora ainda tem 5,3 milhões. Apesar do número ser alto, a redução é de mais da metade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nas redes o anúncio. “Uma conquista histórica que mostra que com políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome e construir um país mais justo e solidário”, escreveu no X (antigo Twitter). Em 2014, quando o país atingiu essa mesma marca, Dilma Rousseff era presidente.
Minhas amigas e meus amigos. É com grande orgulho e imensa alegria que informo: O Brasil está fora do mapa da fome, mais uma vez.
O anúncio foi feito hoje (28) pela FAO/ONU. Isso significa que reduzimos a insegurança alimentar grave e a subnutrição para menos de 2,5% da… pic.twitter.com/nkOgTZTNbU
— Lula (@LulaOficial) July 28, 2025
O relatório divulgado pela ONU nesta segunda mostra tanto condições de subnutrição em países de todo o mundo (o que serve como critério para o Mapa da Fome) quanto de insegurança alimentar, que é quando o acesso a alimentos adequados não é regular ou constante. Nesse segundo quesito, o Brasil também melhorou seus indicadores: de acordo com o relatório divulgado hoje, o Brasil tem 13,5% da sua população em condições de insegurança alimentar. Nos levantamentos anteriores, esse percentual era de 18,4% (2021-2023) e de 22,1% (2020-2022).
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