Durante a plenária do Orçamento Democrático Estadual realizada nesta quinta-feira (06), na cidade de Serra Branca, um grito coletivo partiu do Cariri e ecoou entre autoridades e representantes do Governo da Paraíba: as mães atípicas da região pedem socorro.
A vice-presidente da AMAM (Associação de Mães e Amigos de Autistas de Monteiro), Raquel Matos, fez uso da palavra para levar ao governador João Azevêdo e demais autoridades presentes as principais dores, urgências e reivindicações das famílias de pessoas neurodivergentes do Cariri paraibano.
Entre as demandas apresentadas, ganharam destaque:
A construção de um Centro de Referência e Atendimento Especializado para pessoas neurodivergentes;
A implantação de Salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas escolas estaduais;
A distribuição regular de medicamentos essenciais, como aripiprazol e canabidiol, pelo Estado.
Com firmeza e emoção, Raquel representou mães que esperam mais de um ano por uma consulta com neuropediatra, três anos por uma vaga em terapia ocupacional, ou passam meses à espera de acompanhamento psicológico.
“Não estamos pedindo luxo. Estamos pedindo dignidade, respeito e cuidado para nossos filhos. O Cariri não pode mais esperar,” declarou, sendo aplaudida por centenas de participantes da plenária.
O momento foi considerado um dos mais marcantes do evento, destacando a importância do espaço democrático para ouvir quem muitas vezes é invisível pela política pública.
A AMAM convida toda a população do Cariri a fortalecer essa luta, compartilhando, apoiando e participando da votação do Orçamento Democrático, que continua aberta. Acesse: votacaoode.pb.gov.br e escolha um futuro mais humano, acessível e justo para todos.
PARAÍBA DA GENTE