O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que não cederá à pressão para pautar o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi feita nesta terça-feira (1º) durante conversas com líderes partidários, conforme relatos obtidos pela CNN.
Motta afirmou que consultará todas as lideranças partidárias antes de tomar uma decisão definitiva, o que deve retardar o avanço da proposta. O Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, pressiona para que o projeto seja decidido ainda nesta semana, mas a sinalização do presidente da Casa é de que o desfecho só deve ocorrer até o fim de abril.
Nesta terça-feira, Motta se reuniu com os líderes do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), e do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), para discutir o tema. A principal dúvida é se a proposta será levada diretamente ao plenário ou se passará antes por uma comissão especial.
O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também esteve com Motta. Foi durante sua gestão que um acordo entre PL e PT definiu que a tramitação da proposta ocorreria em uma comissão especial antes de uma possível votação em plenário.
Apesar das pressões, Hugo Motta mantém uma postura de cautela e reforça que a decisão será tomada com base no consenso entre os partidos.
