O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, foi para a Argentina após ser denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele alegou buscar asilo político no país, governado por Javier Milei, e justificou sua fuga afirmando ser vítima de “perseguição política” no Brasil.
Léo Índio, que foi eleito suplente de vereador em Cascavel, no Paraná, nas eleições de 2024, deixou o Brasil há 22 dias e atualmente aguarda a análise de seu pedido de asilo pelo governo argentino. Segundo dados da Comissão Nacional para os Refugiados (Conare), entre janeiro e outubro de 2024, pelo menos 181 brasileiros solicitaram refúgio na Argentina.
Em 28 de fevereiro de 2024, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia contra Léo Índio, tornando-o réu pelos crimes relacionados aos atos golpistas. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele esteve presente na Praça dos Três Poderes no dia da invasão e teria incentivado os manifestantes a permanecer no local, além de divulgar conteúdos de apoio aos ataques às sedes dos Poderes. A denúncia inclui acusações graves como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, crimes previstos no Código Penal e na Lei de Segurança Nacional.
Apesar das acusações, Léo Índio defende sua versão dos fatos, alegando que sua presença na Praça dos Três Poderes se resumiu a tirar uma foto enquanto os golpistas invadiam o STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.
PB Agora
