A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu os ataques que recebeu após a gafe cometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em evento no Palácio do Planalto, nessa quarta-feira (12/3), o petista afirmou que colocou uma “mulher bonita” para chefiar a articulação do governo com o objetivo de melhorar a relação com o Congresso Nacional.
A declaração pegou mal e gerou críticas da oposição. A deputada federal Carla Zambelli classificou a fala como “misógina”, ao mesmo tempo em que chamou a ministra de “amante da hipocrisia”. “Lula ataca sua própria ministra com uma fala misógina, dias após o Dia Internacional da Mulher. Qual o espanto? Ele sempre fez isso”, escreveu a parlamentar no X.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) alegou que Lula “trata Gleisi como um objeto”.
“É impressão minha ou Lula ofereceu a Gleisi Hoffmann como um cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues?”, questionou.
No X, Gleisi repudiou os ataques e saiu em defesa do chefe do Executivo. “Repudio os ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos, machistas e de violência política. Desprezam as mulheres. Não me intimidam nem me acuam”, criticou a ministra.
“Gestos são mais importantes que palavras. Não teve e não tem outro líder como o presidente Lula que mais empoderou as mulheres”, defendeu.
Gleisi ainda fez referência a ataques a mulheres promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o mandato dele. “Que moral vocês têm? Vocês esqueceram das entrevistas, dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando a violência política e física, o preconceito, o machismo? Canalhas, respeitem a inteligência do povo brasileiro”, reclamou a ministra.
Metrópoles
