O Sistema de Valores a Receber (SVR) mostra que ainda há R$ 8,9 bilhões em “dinheiro esquecido” em bancos e instituições financeiras, segundo atualização mais recente do Banco Central (BC). O levantamento considera dados até janeiro.
O SVR é uma ferramenta do Banco Central que permite consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm valores “esquecidos” em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras.
São 49,5 milhões de beneficiários. Desses, 45,5 milhões são pessoas físicas e 4 milhões são pessoas jurídicas (empresas). Eles respondem por R$ 6,8 bilhões e R$ 2,1 bilhões esquecidos em bancos, respectivamente.
Os bancos correspondem à maior parcela do dinheiro esquecido, com R$ 5,1 bilhões. Na sequência estão consórcio (R$ 2,3 bilhões), cooperativas (R$ 785,7 milhões) e instituições de pagamentos (R$ 423,4 milhões).
Mais de 31 milhões de pessoas, entre físicas e jurídicas, têm algum valor esquecido em bancos. Enquanto quase 8,3 milhões têm valores a receber de consórcios, e 7,9 milhões de instituições de pagamento.
Confira a faixa de dinheiro esquecido:
- cerca de 36,8 milhões têm valores a receber até R$ 10.
- 13,3 milhões esqueceram entre R$ 10,01 e R$ 100.
- mais de 5,5 milhões têm valores de R$ 100,01 a R$ 1 mil.
- quase 980 mil pessoas podem receber valores acima dos R$ 1 mil.
Ainda dá para sacar o dinheiro esquecido?
O prazo para sacar os valores acabou em 16 de outubro. A partir dessa data, os recursos esquecidos foram incorporados ao Tesouro Nacional. Porém, quem não conseguiu efetuar o saque ainda terá outras oportunidades para tentar pegar o dinheiro.
A mudança ocorreu porque, em setembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou um projeto de lei que permite que o governo federal incorpore os recursos não sacados.
É aguardado a publicação de um edital para detalhar as regras para novas rodadas de saques, após a publicação do documento as empresas e pessoas físicas terão 30 dias para voltar a reivindicar o dinheiro esquecido. Depois desse período, haverá mais seis meses — a partir da publicação do edital — para pedir judicialmente os valores.
No caso de nos próximos 25 anos as pessoas físicas e jurídicas que têm direito ao dinheiro esquecido não fizerem a solicitação, ele será incorporado de forma definitiva ao patrimônio da União.
Como consultar o “dinheiro esquecido” no SVR?
Para fazer a consulta pública ao SVR, basta acessar a página valoresareceber.bcb.gov.br e informar o CPF e a data de nascimento da pessoa física ou o CNPJ e a data de criação da pessoa jurídica.
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A partir de agora, só contas Gov.br nível prata ou ouro, que tenham a verificação em duas etapas habilitada, poderão entrar nos sistemas de Valores a Receber e do Registrato — sistema que possibilita a consulta de informações financeiras pessoais.
Segundo a autoridade monetária, a medida busca fortalecer a segurança dos usuários. “Com a configuração de acesso em duas etapas, o usuário aumenta a segurança dos seus dados e amplia a proteção de suas informações”, disse o BC.
Como habilitar a verificação em duas etapas:
Antes de mais nada, é preciso instalar o aplicativo Gov.br (disponível na Google Play e na App Store). A partir da habilitação, a pessoa usará um código único para autenticar cada acesso que fizer aos serviços que usam a conta Gov.br.
No primeiro acesso ao aplicativo, o dispositivo usado será vinculado à conta Gov.br do cidadão. Só pode haver um único dispositivo vinculado por vez. Também será necessária a realização da validação facial para configuração da verificação em duas etapas.
Metrópoles
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