Em depoimento prestado à Polícia Civil do Distrito Federal, Natanael Carmelo, segurança do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, portava uma mochila e avisou que iria detonar um artefato explosivo.
Segundo informações da Polícia Civil, Francisco Wanderley Luiz foi o responsável pelas explosões ouvidas nas proximidades do Supremo Tribunal Federal. Houve duas explosões. Uma ao lado do STF e outra de um veículo estacionado ao lado do Anexo IV da Câmara. O veículo era de Francisco Wanderley Luiz.
“O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua”, disse o segurança à Polícia Civil.
“O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem”, complementou o funcionário do Supremo. Entre os objetos, um era semelhante a um relógio digital.
Segundo o segurança, Francisco “saiu com os artefatos para a lateral e lançou dois ou três artefatos, que estouraram”. Francisco então “deitou no chão acendeu o ultimo artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, é conhecido nas redes sociais como Tiü França. Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, em Santa Catarina, durante as eleições municipais de 2020. Ele obteve 98 votos.
Segundo a vice-governadora do DF, Celina Leão, Francisco Wanderley Luiz tentou entrar no STF antes das explosões.
Segundo as primeiras informações da Polícia Civil, Wanderley Luiz alugou uma casa na cidade satélite de Ceilândia, distante aproximadamente 30 quilômetros de Brasília. Os investigadores apuram se esse imóvel teria servido de base para a ação desta quarta-feira. O boletim de ocorrência sobre o episódio fala que houve uma “auto lesão fatal”.
