Com o início do mercado regulado de apostas de quota fixa (as chamadas bets), em 1º de janeiro de 2025, apostadores poderão receber alertas e até mesmo ser suspensos momentaneamente em caso de comportamento que indique vício. Segundo o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, os apostadores serão perfilados pelas casas de apostas, de acordo com a idade, renda e atividade profissional.
“Com isso, ela [a casa de aposta] consegue dizer qual é o desejável tempo que essa pessoa fica disponível nas plataformas e volumes financeiros que ela gasta nessa plataforma”, afirmou.
De acordo com esse perfil, a empresa terá de informar ao apostador quais são os limites que ele terá e frisar que a aposta é um meio de entretenimento, não uma forma de ganhar dinheiro.
“Ela vai ter que ofertar ao apostador autolimite, então ela vai ter que ofertar se o apostador quer dizer, ‘Eu quero gastar tantos reais, eu quero ficar no máximo tanto tempo’ e a casa vai ter que respeitar esses limites autoimpostos”, explicou.
O alerta irá funcionar como o disparado hoje pelas redes sociais. “Ela [a empresa] vai ter que, num primeiro momento, gerar um alerta, dizer: ‘Você está gastando muito, você está ficando muito. Você não quer ir lá fora tomar um sol, você não quer fazer outra coisa da sua vida?’.”
Em um segundo momento, a própria casa de apostas vai impor um período de pausa. “Ou seja, ela vai ter que bloquear momentaneamente o site para que o apostador não fique ali. E, no limite, nos casos mais graves, pode levar à necessidade de banimento desses apostadores que tenham problemas mais graves“.
O secretário explica que essas previsões são formas de proteger o apostador dentro da plataforma, para que ele tenha a sua atividade monitorada e, assim, preserve sua saúde mental e financeira.
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