Apontado pela Polícia Civil como mandante do homicídio de Raquel Cattani, o ex-marido dela, Romero Xavier, foi preso na noite dessa quinta-feira (24) na casa do ex-sogro, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), em Nova Mutum (a 264 km de Cuiabá), onde estava hospedado. Ao mesmo tempo, o irmão dele, Rodrigo Xavier, foi preso em Lucas do Rio Verde (a 354 km de Cuiabá).
“Chegando lá, [o delegado] informou à família que o irmão já estava preso, já havia até confessado, e fez a prisão do mandante do crime. Então, foi desencadeada, ao mesmo tempo, a prisão dos dois. Um estava em Lucas do Rio Verde e o outro no Pontal do Marape, na residência do deputado Cattani”, declarou o secretário de Segurança Pública, César Roveri.
Cattani afirmou que sempre desconfiou de que o ex-genro estava envolvido no homicídio de sua filha.

Romero Xavier (no detalhe) foi preso na casa do deputado estadual Gilberno Cattani, em Nova Mutum
Romero chegou a ser detido ainda na sexta-feira e encaminhado para a delegacia. No entanto, ele foi liberado em seguida, após a polícia descartar preliminarmente o envolvimento dele no homicídio.
No domingo (21), Cattani chegou a fazer uma publicação nas redes sociais afirmando que o ex-genro não havia sido preso e nem confessado o crime. Ele ainda pediu respeito pelo momento que a família passava.
Já em entrevista ao Jornal da Cultura, na manhã desta quinta-feira (25), o deputado salientou que sempre teve um pé atrás com o ex-genro. “A única coisa que a gente fez era o que precisava ser feito para chegar no resultado que chegou. A gente tinha que deixar as investigações correrem da maneira como correram para ter êxito”, explica.
“O álibi que ele tinha era um álibi muito forte. Tanto que ele não estava aqui, não teve a capacidade de fazer ele mesmo, de tão covarde que foi. Ele não estaria em dois lugares ao mesmo tempo, por isso a polícia o liberou preliminarmente. Mas nós tínhamos que manter ele por perto”, completou Gilberto Cattani.
O deputado ainda disse que a família recebeu as prisões como uma resposta justa. No entanto, ressalta que nada vai mudar o que foi feito.
“Recebemos como uma resposta justa, pegando esses monstros e colocando atrás das grades. Não vou dizer que conforta, porque nada pode confortar a gente nesse momento, mas ajuda a gente a ter um pouco mais de esperança nas nossas forças de segurança, que são excepcionais, que agiram de uma forma magnífica. A gente tem a resposta de quem fez, mas não vai mudar o que foi feito”, lamentou.