Nesta quarta-feira (03), o programa Edvaldo Reis recebeu o médico nefrologista Dr. Eduardo Lopes, que abordou temas cruciais relacionados à doença renal crônica e às formas de prevenção da condição. Durante o programa, o especialista respondeu a várias perguntas do apresentador e do público ouvinte, esclarecendo dúvidas e fornecendo orientações.
Ao ser questionado sobre como surge a doença renal, Dr. Eduardo Lopes explicou que as doenças renais podem ser hereditárias, podendo ter um fundo genético.
“As doenças renais podem ser hereditárias, podendo ter um fundo genético. Patologias como a doença renal policística podem ter cunho hereditário e genético. No entanto, a maioria das doenças renais, felizmente, não são de origem hereditária. Entre as principais causas estão a hipertensão e o diabetes, que são considerados os grandes vilões da doença renal crônica. A Sociedade Brasileira de Cardiologia e Hipertensão foca intensamente nesses tópicos para tentar evitar o desenvolvimento da doença renal crônica,” disse.
O especialista também destacou a importância da prevenção das doenças renais, enfatizando a necessidade de um estilo de vida saudável.
“As novas diretrizes para o diabetes indicam que não adianta tratar a diabetes sem a prática de atividade física. A primeira coisa é a atividade física e o controle dietético. O controle medicamentoso vem depois. Não adianta tomar uma quantidade enorme de remédios sem fazer exercício e dieta, pois assim nunca se alcança o resultado desejado. O exercício físico é benéfico para a circulação, melhora a hipertensão, diminui a obesidade e, consequentemente, beneficia os rins, que são órgãos vitais para o organismo,” falou.
Dr. Eduardo Lopes também abordou a questão dos alimentos ofensivos aos rins, destacando a carne vermelha como um dos principais vilões.
“A carne vermelha não é prejudicial apenas para os rins, mas para todo o sistema homeostático do nosso metabolismo. Ela é altamente tóxica, causando alterações intestinais e sendo difícil de digerir. É preferível optar por carnes brancas, especialmente peixe e aves, como frango. Dependendo da condição renal, o consumo de carne de porco pode ser permitido, desde que sem exageros, principalmente na parte gordurosa. Quanto ao consumo de líquidos, é fundamental beber bastante água, especialmente em regiões quentes como o Sertão e o Cariri, com um mínimo de dois litros por dia, além de sucos, chás e café,” explicou.
Sobre a relação entre obesidade, sobrepeso e doenças renais, o nefrologista reforçou a importância do controle do peso.
“A literatura médica indica que obesidade e sobrepeso são fatores de risco para diabetes, hipertensão e, consequentemente, doenças renais. O controle do peso através de uma dieta adequada, atividade física e tratamento de doenças pré-existentes é essencial para evitar o desenvolvimento da doença renal. Uma vida saudável começa com uma alimentação balanceada e exercício regular. Esses são os pilares para prevenir não apenas doenças renais, mas também cardíacas, diabetes e hipertensão,” finalizou.
PARAÍBA DA GENTE