Ela não brilha e não é garimpada, mas é preciosa e vale muito dinheiro. Talvez você se surpreenda, mas estamos falando de cálculos encontrados na vesícula dos bois.
A pedra de boi, ou também chamada de pedra de fel, é um cálculo biliar que se forma quando o fígado do ruminante está desequilibrado e não funciona como deveria. Colhida durante o abate nos frigoríficos, cada grama pode ser comercializada a R$ 300 no mercado brasileiro. Ou seja, o quilo custa, em média, R$ 300 mil.
Uma publicação acadêmica do Instituto Mineiro de Agropecuária e do Instituto Federal Goiano mostrou que o fenômeno está relacionado à alimentação e é comum no rebanho criado em regiões com pastagem fértil em elementos alcalinos.
Jéssica Verdi, veterinária e analista de inspeção do Frigorífico Verdi, localizado em Pouso Redondo (SC), completa a informação da pesquisa ao afirmar que, geralmente, são os animais velhos que desenvolvem as pedras na vesícula.
“As pedrinhas variam de tamanho, formato e apresentam uma coloração mais voltada ao alaranjado. Às vezes, achamos várias pedras. Em outras, são poucas. Depende da idade do animal. Ela é bem lapidada e não pode ser apertada, pois pode desmanchar”, afirma.
Apesar de ser denominada “pedra de boi”, inicialmente, não apresenta a textura dura e sua presença não afeta a qualidade da carne. “Ela é mole e precisa ser seca. A pedra diminui bastante de tamanho quando perde água”, conta.
PARAÍBA DA GENTE COM G1























