O programa Edvaldo Reis reuniu na última quarta-feira (11), a coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Kalyne Torres, o psicólogo Rafael Melo e o Farmacêutico Jaime Barros para falar sobre Saúde mental e Janeiro Branco. Durante o programa os convidados falaram sobre a importância de manter a saúde mental em dia, destacando o trabalho que é realizado a nível municipal..
O que é saúde mental?
Muitas pessoas, quando pensam no tema “Saúde Mental” acabam fazendo uma associação com “Doença Mental”. Por esse motivo, é importante desmistificar e prover o debate sobre essa temática.
Estar mentalmente saudável, é o estado de bem-estar no qual uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, lidar com as inquietudes da vida, ser capaz de trabalhar de forma produtiva e contribuir junta a comunidade. Ou seja, compreende que a vida real é regada de diversas emoções, como por exemplo: alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração.
Sobre a campanha Janeiro Branco
O “Janeiro Branco” foi criado em 2014 e se tornou lei em 25 de abril de 2023. Nesse mês são realizadas campanhas nacionais de conscientização da população sobre saúde mental, que abordarão a promoção de hábitos saudáveis e a prevenção de doenças psiquiátricas, com enfoque especial à prevenção da dependência química e do suicídio.
Estratégias para cuidar da saúde mental
Na conversa sobre o tema, o psicólogo Rafael Melo debate estratégias para cuidar da saúde mental, e entre elas ele cita a importância do exercício físico, a alimentação equilibrada, a qualidade de sono que muitas vezes acaba sendo afetada pelo o excesso do uso do celular. E ele reforça o ato de reconhecer o próprio limite e buscar ajuda quando necessário “Muitos preconceitos existem sobre procurar um psicólogo. A saúde mental é para todos, então para não adoecer nós precisamos de ajuda, de pessoas preparadas para fazer um acolhimento, seja um familiar com uma palavra ou um profissional com escuta qualificada” nos conta o psicólogo.
A importância de buscar ajuda
É muito comum as pessoas deixarem para buscar apoio profissional apenas quando a situação já está insustentável, e por vezes, acabam recorrendo a automedicação, o que pode gerar dependência e complicações futuras. “Muitas vezes o paciente nem necessita da medicação, existe outras formas de tratamento, saber qual é a raiz do problema, porque a medicação ela pode estar mascarando o problema principal do paciente e piorando o caso. Cada organismo é único e cada diagnóstico é diferente” afirma o Farmacêutico Jaime Barros.
Onde procurar ajuda?
Para conseguir o acolhimento e o tratamento, é possível procurar alguns caminhos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS):
Unidade Básica de Saúde (UBS): porta de entrada para todos os casos e acolhe casos leves e moderados.
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): destinado ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, seja em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial. Funciona sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para ser acolhido no serviço.
Pronto-socorro: atende principalmente emergências.
Centros de apoio psicológico em Monteiro
A coordenadora da RAPS, Kalyne Torres falou sobre a estrutura e atendimentos psicológicos ofertados na cidade de Monteiro “Houve um grande aumento depois da pandemia, por isso a falta de vaga. Mas nós sempre temos uma psicóloga fazendo plantão, para caso alguém procure o serviço não saia de lá sem pelo menos um primeiro atendimento”.