Sete entidades médicas assinaram carta aberta entregue à Anvisa pedindo mais fiscalização do
produto O chamado “chip da beleza” um implante hormonal colocado embaixo da pele, principalmente nos glúteos e abdômen, vem sendo usado para perda de peso, combate ao envelhecimento, diminuição da gordura corporal, aumento da libido e da massa muscular.
Mas a mistura de inúmeros componentes dentro dos “chips” tem gerado apreensão entre os médicos.
Segundo os especialistas ouvidos pela BBC News
Brasil, eles podem conter hormônios como a testosterona ou gestrinona, anabolizantes e compostos para inibir o apetite, acelerar o metabolismo e até mesmo para a retenção de líquidos.
Além disso, eles não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso comercial e para fins estéticos.
“Não há controle sobre o que é colocado nesses implantes, não existem estudos, pesquisas cientificas e testes sobre os efeitos deles no corpo humano, assim como seus efeitos adversos” acrescenta Maria Celeste Osório Wender presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
A esteticista Larissa (nome fictício), de 25 anos, aceitou a sugestão de uma amiga farmacêutica e implantou o chamado chip da beleza, em julho de
2023.
Os 5 quilos que Larissa perdeu em dois meses a deixaram, no entanto, com diversos efeitos colaterais “Tive muitas espinhas no rosto e nas costas, coisa que nem quando eu era adolescente aconteceu. Meu cabelo também começou a cair muito, quando eu tomava banho – era desesperador, porque caiam tufos” conta.
PARAÍBA DA GENTE COM BBC
