O presidente Lula decidiu nesta terça-feira não comparecer à posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei. No final, pesou a possibilidade de Lula ser alvo de protestos ou manifestações.
A cerimônia da posse de Milei ocorrerá em Buenos Aires, no próximo domingo. O país será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, confirmou participação no evento. E deve liderar uma caravana.
No final de novembro, Milei enviou uma carta convidando Lula a participar do evento.
Como mostramos, a carta foi entregue ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, pelas mãos da futura chanceler do governo Milei, Diana Mondino.
“Sei que o senhor conhece e valoriza cabalmente o que significa este momento de transição para o processo histórico da Argentina, seu povo, e naturalmente para mim e minha equipe de colaboradores que me acompanharão na próxima gestão do governo”, afirmou Milei na carta.
“Em ambas nações temos muitos desafios pela frente e estou convencido de que uma troca nos campos econômico, social e cultural, baseada nos princípios da liberdade, nos posicionará como países competitivos em que seus cidadãos podem desenvolver ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejam.”
Milei disse ainda esperar que a relação com Lula seja “frutífera e de construção de laços” e que deseja encontrar o petista “em breve”.
Mesmo assim, pesou para Lula o fato de que o presidente eleito tem maior identificação com a Direita. Pelo menos 52 parlamentares brasileiros alinhados ao ex-presidente da República vão participar da posse.
