FOTO: BRUNO SPADA / CÂMARA DOS DEPUTADOS
Os emails trocados por Mauro Cid em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tentou vender um relógio da marca Rolex recebido em uma viagem oficial do ex-presidente à Arábia Saudita estão entre os documentos da CPMI do 8 de Janeiro. O R7 teve acesso a esses emails. Nos registros, constam informações de que Cid recebeu da diplomata Maria Farani uma mensagem que expressava interesse na compra da joia.
Ainda não se sabe se ela estaria intermediando o negócio. Na época, a diplomata assessorava o Gabinete Adjunto de Informações do ex-presidente Jair Bolsonaro. A reportagem procurou as defesas de Mauro Cid e de Jair Bolsonaro e não obteve retorno.
A troca de mensagens foi feita em inglês, e, nelas, uma pessoa não identificada agradece pelo interesse em vender a joia. “Obrigado pelo interesse em vender seu Rolex. Tentei falar com vc por telefone mas não consegui contato. Pode me dizer se você tem a garantia/certificado desse relógio? Quanto você queria conseguir nele? O mercado pra Rolex usados tem diminuído bastante, especialmente de platina e diamante (já que o valor de varejo é tão alto). Só quero confirmar que nós estamos na mesma página antes de fazermos muita pesquisa. Ansioso para ouvir sua resposta”, diz a pessoa.
Mauro diz que não existe um certificado e que foi um presente. “Não temos o certificado do relógio, já que foi um presente recebido em uma viagem oficial de trabalho. O que nós temos é o selo verde que vem junto com o relógio. E eu também garanto que o relógio nunca foi usado. Eu pretendo conseguir algo no valor de 60 mil dólares”, afirmou.
PARAÍBA DA GENTE COM R7





















