Anualmente, a ONG (Organização Não Governamental) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Social causa furor divulgando um ranking das cidades mais violentas do mundo. A lista vira o terror das cidades turísticas, uma vez que os dados são quase sempre amedrontadores, diz o portal T5.
A cidade de João Pessoa já frequentou o ranking das cidades mais violentas do mundo aí por volta de 2010 e 2011, apresentando uma taxa de mortalidade acima dos 60 assassinatos por grupos de 100 mil habitantes. Incomodava à população e autoridades, mas os números eram verdadeiros e foi necessário uma ação específica de segurança para conter a escalada da violência. A Paraíba também ostentava índices de violência bem elevados.
Mas tem um problema: a Paraíba e João Pessoa estão ilhadas. Encontram-se cercadas. É que Natal, Recife e Fortaleza, além de Mossoró, ocupam posições destacadas na lista das 50 cidades mais violentas do mundo.
Tristemente, 10 cidades do Brasil, sendo 9 do Nordeste, aparecem no mais novo ranking da organização Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, elaborado com dados de 2022.
A cidade mais violenta do Brasil seria Mossoró (RN), na 11ª posição com taxa de 63,21 mortes violentas por grupos de cada 100 mil habitantes. Segue-se Salvador (19ª), com taxa de 56,68 assassinatos; Manaus (21ª), com taxa de mortalidade de 50,66; Feira de Santana (22ª) e Vitória da Conquista (23ª),ambas na Bahia, com taxas respectivas de 50,11 e 47,48; Natal (28ª) com taxa de homicídios de 45,06; Fortaleza (31ª) com 42,63 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes; Recife (35ª) com taxa de 39,89 mortes; Maceió (36ª), com taxa de mortalidade de 39,45, e Teresina (40ª), com taxa de mortes de 37,30.
O México lidera o ranking das cidades mais violentas do mundo. São 16 na lista. As 7 primeiras da relação são mexicanas. Os Estados Unidos e a Colômbia têm 7 cidades no ranking cada um e a África do Sul, 4.
Dos países desenvolvidos, apenas os Estados Unidos aparece no ranking de cidades mais violentas do mundo.
Fora do ranking das cidades mais violentas do mundo, a Paraíba tem razões para festejar, mas a realidade regional é um forte motivo de preocupação. Precisa ter a consciência de que é impossível se constituir em ilha de tranquilidade cercada de violência por todos os lados. Precisa redobrar a vigilância e as ações de segurança.
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