O papa Francisco revelou, em conversa com jornalistas no avião papal, que chegará um momento onde ele vai precisar rever sua posição como chefe da Igreja Católica. O principal motivo seria a saúde, que poderia atrapalhar sua agenda e trabalho, mas, de acordo com o próprio, não é algo que ele se preocupa no momento.
“A porta (à renúncia) está aberta. É uma opção normal. Mas até hoje eu não bati nessa porta. Não senti a necessidade de pensar nessa possibilidade. O que não quer dizer que daqui a dois dias eu não possa começar a pensar a respeito”, disse em viagem voltando do Canadá.
Com 85 anos de idade, Francisco chamou atenção na última semana por justamente essa viagem no Canadá, onde ele pediu desculpas aos povos originários do local. Segundo ele, as antigas escolas da Igreja Católica queriam apenas transformar os indígenas em católicos, destruindo suas culturas e idiomas nativos.
Sua saúde começa a preocupar não apenas pela idade, mas pelas funções que precisar exercer como papa, com muitas viagens. Nesta visita ao Canadá, ele confessou aos jornalistas que foi bastante intensa. Inclusive, precisou ficar de cadeira de rodas por um bom tempo, por problemas de joelho que teve nos últimos meses.
“Não acho que eu consiga continuar a viajar com o mesmo ritmo que antes, na minha idade, com as limitações deste joelho. Ou me poupo um pouco para continuar a servir a Igreja, ou preciso começar a considerar a possibilidade de sair”, revelou.
No ano que vem, em 2023, o papa Francisco completa dez anos como chefe da Igreja Católica, mais especificamente no dia 13 de março. Apesar de dizer que ainda não considera uma saída, minimizou qualquer mudança papal, afirmando que “não é uma catástrofe mudar de papa, não é um tabu”.
G1
