O empresário inglês Mark Brooks, de 54 anos, já passou por 25 cirurgias para tentar manter o braço esquerdo. O membro foi o principal ponto de seu corpo atacado por uma grave infecção bacteriana após ele ter uma distensão no cotovelo enquanto treinava em dezembro de 2023.
Os médicos que cuidaram dele acreditam que a condição se desenvolveu após uma severa infecção de garganta que o inglês acreditava já estar recuperado, mas que continuava latente. Combinado ao rompimento de alguns vasos sanguíneos e fibras musculares com o machucado, o quadro de saúde de Mark começou a piorar rapidamente.
Do diagnóstico para a cirurgia em horas
Como ele tinha uma viagem marcada para Dubai, embarcou para o compromisso de trabalho. O estado de saúde continuou a deteriorar-se rapidamente durante o período. Dois dias depois de chegar a Dubai, ele percebeu a gravidade da situação quando sentiu que começava a raciocinar lento e que estava com sensação de desmaio.
Ele foi levado para um hospital e enquanto os médicos realizavam exames para o diagnóstico, apenas duas horas após a entrada no hospital, uma mancha de vermelho intenso e inchada apareceu no braço do homem, sugerindo ser uma fasciite necrosante.
Com a confirmação do diagnóstico, ele foi levado às pressas para uma cirurgia. A doença, conhecida como bactéria comedora de carne, destrói rapidamente os músculos e a pele e tem taxa de mortalidade estimada em 20%. Em casos em que os rins são afetados, como ocorreu com Mark, o risco de morte chega a 40%, de acordo com o Manual MSD.
“Fiquei na UTI por uma semana. Me disseram que eu tive falência múltipla de órgãos. Quando despertei, via meu braço com quase nada de pele, como se não houvesse como sustentá-lo. Era algo horrível de se olhar”, afirma.




A vida após a infecção bacteriana
Após nove semanas internado, o inglês conseguiu superar a infecção bacteriana, mas ainda precisava de uma longa jornada para recuperar a movimentação do braço. Foram 25 cirurgias realizadas no membro para reconstituir parte da musculatura, fazer enxertos e remover tecido morto. Mark teve que tirar músculos da perna e das costas para recompor o braço esquerdo.
“Ainda devo passar por mais três ou quatro cirurgias nos próximos anos para melhorar a aparência. Tenho muita gratidão por ter conseguido manter meu braço. Acredito que em outro hospital, provavelmente teriam apenas amputado meu braço na altura do ombro sem tentar por tanto tempo recuperar minha saúde. Agora estou com meus planos de escrever uma autobiografia sobre minha jornada”, conclui ele.
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