O comercial da Havaianas divulgado na última semana que movimentou os debates políticos e da moda segue sendo pauta on-line. Agora, internautas comparam as reações negativas com outros temas que tiveram menor repercussão, especialmente os que envolvem feminicídio. A morte de Tainara Souza, de 31 anos, atropelada e arrastada pelo ex-companheiro em São Paulo, revela o contraste entre a mobilização gerada pela campanha publicitária e a atenção limitada ao crime brutal.
A campanha de fim de ano da Havaianas ganhou grande repercussão nas redes sociais após ser alvo de críticas e boicotes motivados por interpretações políticas do comercial. Vídeos de personalidades da direita cortando e jogando no lixo as sandálias ampliaram o alcance do debate, fazendo com que a publicidade extrapolasse o campo da moda nos últimos dias.
Após à mobilização em torno do comercial, usuários passaram a chamar atenção para outro tema que recebeu menos visibilidade: o caso de Tainara Souza, de 31 anos, morta após ser atropelada e arrastada pelo ex-companheiro na Marginal Tietê, na capital paulista. O crime, investigado como feminicídio, ocorreu semanas antes de sua morte, que foi confirmada na véspera do Natal, após um longo período de internação.
A comparação entre os dois episódios ganha espaço nas redes sociais. Internautas se mostram indignados com a falta de atenção dada ao caso violento. No X, o consultor político Wilson Pedroso escreveu:
“Feliz Natal… mas pra quem? Tainara Souza, 31 anos. Atropelada e arrastada pelo ex na Marginal Tietê. Feminicídio brutal. Sabe quantas pessoas se indignaram? Agora me diz: quantas jogaram Havaianas fora por causa de uma frase de chinelo?”, compartilhou.
Na mesma linha, outra usuária afirmou: “Simplesmente deram mais palco para uma propaganda de Havaianas do que para uma mulher que foi brutalmente arrastada. Tainara Souza virou só mais uma estatística”, desabafou. Confira outras opiniões:
A polêmica campanha da Havaianas
A campanha da Havaianas estrelada pela atriz Fernanda Torres e lançada no domingo (21/12) trouxe a frase: “Não quero que você comece 2026 com o pé direito”. O conteúdo foi interpretado por parte da direita política como um ataque a valores conservadores, gerando críticas e pedidos de boicote ao produto. Políticos, influenciadores e apoiadores convocaram consumidores a deixarem de usar a marca em resposta à mensagem veiculada.
A repercussão foi intensa: nas redes sociais surgiram publicações de apoiadores que chegaram a destruir e a “passar a tesoura” em chinelos Havaianas como forma de protesto. O mesmo público logo sugeriu que outras marcas de sandálias fossem consumidas no lugar daquela que “todo mundo usa”.
PARAÍBA DA GENTE COM INFORMAÇÕES METRÓPOLES
