Segundo informado pelo hospital, ele sofria com problemas de coagulação do sangue. As causas da morte foram identificadas como choque não especificado, choque hipovolêmico e coagulopatia não especificada.
Além de ser investigado pelo esquema de fraudes em concursos públicos, Wanderlan respondia por crimes como homicídio, peculato (roubo ou desvio de dinheiro ou bens públicos), concussão (quando um funcionário público exige dinheiro ou vantagem indevida, usando a autoridade do cargo), roubo majorado (com agravantes), abuso de autoridade e uso de documento falso.
Esquema de fraudes em concursos públicos
A Polícia Federal afirma que o esquema criminoso era chefiado pelo ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa, expulso da corporação em 2021 e já condenado por tortura de adolescente dentro de viatura. Ele nasceu em Patos, no Sertão da Paraíba, e tinha 44 anos.
As investigações apontaram fraudes no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024 e em certames das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, Universidade Federal da Paraíba, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
Ainda segundo a PF, Wanderlan teria se inscrito no CNU apenas para provar aos “clientes” que o sistema de fraude era eficiente. E conseguiu: foi aprovado para o cargo de auditor fiscal do trabalho, que tem o maior salário inicial, de R$ 22,9 mil. No entanto, após o resultado, não compareceu ao curso de formação.
Esquema envolvia pessoas da mesma família
- Wanderlan Limeira de Sousa (ex-policial militar apontado como chefe do esquema)
- Wanderson Gabriel de Brito Limeira (filho do ex-policial militar)
- Valmir Limeira de Sousa (irmão do ex-policial militar)
- Larissa de Oliveira Neves (sobrinha do ex-policial militar)
- Antônio Limeira das Neves (irmão do ex-policial militar)
- Ariosvaldo Lucena de Sousa Júnior (membro da organização criminosa)
- Luiz Paulo Silva dos Santos (membro da organização criminosa)
- Thyago José de Andrade (chefe da organização criminosa)
- Geórgia de Oliveira Neves
- Laís Giselly Nunes de Araújo
Parte dos suspeitos chegou a fazer o CNU e foi aprovada para o cargo de auditor fiscal do trabalho, que tem salário de R$ 22 mil.
Os investigados foram excluídos dos processos seletivos, afastados dos cargos públicos já ocupados e devem responder pelos crimes de fraude em certame de interesse público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento público.
Jornal da Paraíba





















