Em um culto que emocionou não apenas os presentes da congregação, mas milhares de pessoas on-line, uma pastora de 51 anos revelou ser uma mulher trans. Na celebração religiosa, ela se apresentou como Phillipa Phaneuf e disse estar vivendo fingindo ser o que não era.
No dia 23 de novembro, na Igreja Unida de North Chili, em Rochester, Nova York, nos Estados Unidos, a pastora metodista fez o anúncio. “Eu não entrei no ministério para falar de mim mesma ou da minha pessoal, mas às vezes existem coisas que acontecem na vida pessoal de pastores que encontram de se tornar públicas”, disse, em um vídeo compartilhado nas redes pela igreja.
Phillipa continuou dizendo que anunciava com alegria que estava transicionando. Usando uma estola com as cores do arco-íris ela disse: “Estou afirmando para todos vocês que sou transgênero e a melhor forma de explicar é dizer que eu não estou me tornando uma mulher. Estou desistindo de fingir que sou um homem”, completou.
Falando com a congregação sobre o que mudaria, ela mencionou que sua voz poderia ficar um pouco mais aguda. “Meus pronomes são ela, dela — mas eu não vou ser a polícia dos pronomes, porque eu não acho que alguém vá erra por malícia”, comentou.
Em um dos momentos emocionantes que revelou o quanto a comunidade religiosa é unida, Phillipa disse que eles se tornariam conhecidos por ser um espaço ainda mais seguro para aqueles que se sentem marginalizados.
“Percebam que eu disse ‘um espaço ainda mais seguro’. Não disse que nos tornaríamos isso, porque eu não seria capaz de fazer o que estou fazendo senão sentisse o amor e o suporte de todos vocês”, declarou, emocionando os presentes.
Segundo Phillipa, a Igreja Unida Metodista apoia sua decisão, assim como outros membros do grupo religioso, incluindo o bispo e o superintendente do distrito. Em entrevistas para a mídia norte-americana, ela disse que se sente cercada de gentileza amorosa.
Infelizmente, os pais da pastora não estão nesse grupo. “Eles me enviaram uma mensagem essa manhã e me pediram que dissesse a todos vocês que eles não me apoiam e que escolheram suas convicções e crenças no lugar de apoiar a filha. Mas está tudo bem, todos temos que viver do jeito que vivemos”.
Por fim, Phillipa revelou que que está realmente feliz pela primeira vez em muito tempo. “Tem sido uma experiência recompensadora. É uma coisa linda e é essa felicidade que queremos para as pessoas em nossas vidas, não é mesmo?”
Metrópoles
