O Cariri paraibano se prepara para uma noite histórica. No próximo 13 de dezembro, o Sítio Angiquinho, em Monteiro, abre suas portas a partir das 21h para o Tributo ao Poeta Zé de Cazuza, em comemoração ao aniversário daquele que se tornou um dos maiores ícones da poesia popular nordestina: José Nunes Filho, o imortal “Homem Gravador”.
Com entrada no valor simbólico de R$ 30, o evento reunirá admiradores, artistas, pesquisadores e todos aqueles que reconhecem a grandeza cultural de um dos maiores memorialistas do Nordeste.
Um mestre que nasceu para a poesia
Nascido em 13 de dezembro de 1929, na Fazenda Boa Vista, então pertencente a Monteiro, Zé de Cazuza cresceu respirando poesia. Filho do poeta e cordelista Cazuza Nunes, o menino que ainda na infância já recitava versos tornou-se um prodígio da memória poética.
Seu talento extraordinário atraiu a atenção de grandes pesquisadores brasileiros. Foi reconhecido por folcloristas como Francisco Coutinho Filho e Luiz da Câmara Cascudo, que o citaram como fonte única e indispensável no registro da cantoria nordestina.
Zé de Cazuza também ganhou destaque nacional ao participar de reportagens exibidas pela Rede Globo, incluindo o programa Globo Repórter, onde recebeu o apelido que o acompanha até hoje: O Homem Gravador, devido à sua capacidade impressionante de registrar e reter repentes, glosas e versos apenas ouvindo-os uma única vez.
Uma celebração com poesia, música e memória
O tributo deste ano contará com apresentações de Antenor Cazuza e da banda Vates e Violas. O encontro reunirá convidados especiais que celebram não apenas o aniversário do mestre, mas o legado vivo de um homem que dedicou sua vida a preservar a alma da cultura nordestina.
Uma homenagem à altura de uma lenda viva
O aniversário de Zé de Cazuza é mais do que uma data festiva. É um marco cultural para Monteiro, para o Cariri e para toda a região que se reconhece na força da poesia popular.
Celebrar o Homem Gravador é reafirmar a importância da memória, da arte e da tradição que resistem ao tempo.
