No Result
View All Result
16 de setembro de 2025
Paraíba da Gente
  • Início
  • Notícias
  • Política
  • Policial
  • Polêmica
  • Web Rádio
  • Web TV
  • Sobre
  • Contato
  • Login
No Result
View All Result
  • Início
  • Notícias
  • Política
  • Policial
  • Polêmica
  • Web Rádio
  • Web TV
  • Sobre
  • Contato
No Result
View All Result
Paraíba da Gente
No Result
View All Result

Folha: descoberta científica em município paraibano impulsiona política de inclusão escolar

paraibadagente por paraibadagente
15/09/2025
in Destaques, Notícias
0
Folha: descoberta científica em município paraibano impulsiona política de inclusão escolar
406
SHARES
2.4k
VIEWS
WhatsAppFacebook

Com apenas 8.000 habitantes, a cidade de Gado Bravo, no interior da Paraíba, há anos atrai a atenção de pesquisadores em razão de uma particularidade: uma incidência de deficiência auditiva maior do que a média brasileira e mundial. A reportagem é da Folha de São Paulo.

Quase 200 km distante de João Pessoa, pouco populosa e com forte concentração de moradores na zona rural, o município registra muitos casamentos entre pessoas aparentadas, o que aumenta a chance de nascimento de crianças com doenças genéticas, como a síndrome de Usher.

A doença genética rara causa uma combinação de deficiência auditiva e perda progressiva de visão. Na média mundial, costuma afetar 1 a cada 6.000 habitantes. Em Gado Bravo, atinge 1 a cada 364 moradores, segundo identificou um estudo da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) no fim da década de 1990.

A descoberta dos pesquisadores mobilizou a cidade, já que a conclusão da maior incidência da síndrome confrontou a resistência de muitas famílias que se negavam a reconhecer a deficiência auditiva dos filhos. Em 2001, o município abriu uma escola exclusiva para surdos —na época, a segunda da Paraíba.

Ao longo dos anos, no entanto, diante do pequeno número de moradores e também da relutância das famílias em admitir que os filhos tinham a síndrome, a escola foi perdendo alunos. Chegou a ter apenas quatro matriculados, com idades entre 6 e 22 anos, que estudavam na mesma sala.

Em 2023, o município decidiu fechar a escola e iniciar uma nova estratégia: transformar as unidades regulares da cidade para receber esses alunos.

“As famílias têm vergonha ou medo de admitir que os filhos podem ter a síndrome, então negam os sinais da surdez. Muitas vezes, preferiam deixar os filhos em casa, sem estudar, do que ter que buscar a escola para surdos e admitir a deficiência”, conta Ernestina de Santana, 50, intérprete e professora de libras da cidade.

No ano seguinte, o município foi selecionado para integrar o projeto Alavancas para a Educação Inclusiva de Qualidade, promovido pelo Instituto Rodrigo Mendes com apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A partir de então, começou a construção de uma política para desenvolver nas escolas da cidade uma educação especial inclusiva.

A nova estratégia segue o que prevê a legislação brasileira e tratados internacionais, como a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, de assegurar meios para que as escolas regulares estejam preparadas para garantir o desenvolvimento acadêmico, social e emocional de todos os alunos, independentemente da deficiência.

Assim, em vez de os alunos surdos ficarem segregados em uma escola, eles passariam a frequentar as aulas junto com os demais, contando com o apoio de professores e intérpretes de libras. Os outros docentes também seriam capacitados para a aprender a língua de sinais.

Nem todos os pais e professores aprovaram a mudança na época. As famílias tinham receio de que os filhos pudessem sofrer discriminação e bullying, e os professores temiam ficar ainda mais sobrecarregados com a nova demanda.

Artur Araújo, 10, foi um dos alunos que saíram da escola para surdos. Ele estudava lá desde os 6 anos sem nunca ter tido em sua sala outra criança da mesma idade.

Apesar do receio dos pais de que o menino pudesse sofrer algum tipo de preconceito, agora ele tem com quem jogar futebol, brincar no recreio e até mesmo aprendeu a tocar instrumentos musicais —a caixa é o seu favorito.

“Eu não queria que ele mudasse de escola, tinha muito medo que as outras crianças pudessem machucá-lo ou zombar dele, mas ele adorou e se adaptou muito rápido. Ele ainda não aprendeu a ler e escrever, como os outros alunos da turma, mas vejo que ele está muito mais feliz”, conta a mãe, Joselaine Araújo.

Para Arthur de Sousa, 11, a entrada na escola regular foi mais difícil. Ele é um dos casos em que a família demorou a aceitar a deficiência auditiva e rejeitava a ideia de que ele fosse estudar em qualquer tipo de colégio.

Ele começou a frequentar a creche aos 3 anos, mas, como tinha dificuldade de se comunicar com as demais crianças por não ouvir nem falar, ele passou a ter um comportamento agressivo.

“A mãe então decidiu que era melhor tirá-lo da escola, mas também não procurou identificar o que ele tinha. Então, ele ficou anos isolado em casa”, conta Vagnaldo Leite, 33, professor de libras que também tem deficiência auditiva.

Pela pressão de assistentes sociais da cidade, a mãe passou a levá-lo alguns dias para as aulas na escola de surdos, mas sem regularidade. Foi só depois do fechamento dessa unidade que a família foi convencida de que o menino precisava frequentar as aulas.

Um ano depois, Arthur já consegue se comunicar em libras, assiste às aulas junto com os demais colegas com a ajuda de um intérprete e está começando a aprender a ler e escrever.

“Não sei se ele está aprendendo como deveria e fico com medo de os outros alunos o provocarem, mas ele gosta da escola. Ele gosta porque pode jogar futebol com os outros meninos, essa é a paixão dele”, diz a mãe, Maria Gorete da Silva, 43.

Para Rafael Lima, 35, vice-diretor da escola, o maior desafio para tornar a unidade mais inclusiva tem sido convencer os pais de que as crianças com deficiência devem se integrar aos demais.

“A situação tem melhorado, mas as famílias ainda têm muito medo e vergonha de assumir a deficiência. Havia aqui na cidade um costume de esconder e isolar quem é surdo, nós estamos tentando mudar isso. É um processo demorado, mas para essas crianças que estão aqui já há avanços mesmo com todos os desafios”, diz.

A estratégia também fez com que o município desse mais atenção também a outros tipos de deficiência. Todas as escolas municipais passaram por reformas de acessibilidade, por exemplo, com a instalação de rampas, corrimões e piso com sinalização tátil.

Com isso, outras crianças e adolescentes que estavam fora da escola começaram a estudar. É o caso de Rafaela Barbosa, que tem paralisia cerebral e só passou a ir para a escola neste ano, aos 16.

“Eu achava que era impossível ela estudar, como eu iria trazê-la para a escola todos os dias? Agora, o transporte escolar vai buscá-la em casa todos os dias, tem uma cuidadora que fica com ela durante todas as aulas e o intervalo”, conta a mãe Adriana da Silva, 44, moradora da zona rural da cidade.

O projeto Alavancas selecionou dez municípios do país para desenvolver a política de educação especial inclusiva. Em todos, houve cursos de formação para os professores e funcionários das escolas, além de apoio pedagógico e financeiro para as reformas necessárias.

A Justiça Federal na Paraíba condenou quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento em fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Os crimes foram praticados durante o processo de licitação para a construção de uma escola no município de Pedra Branca (PB) com seis salas de aula e uma quadra, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

De acordo com a decisão, ficou comprovado que os acusados atuaram em conluio para frustrar o caráter competitivo do processo de tomada de preços nº 04/2021, mediante pagamentos indevidos a fim de excluir concorrentes e direcionar o resultado do certame. Além disso, houve a prática de lavagem de dinheiro por meio da utilização de conta bancária de pessoa interposta para ocultar a origem ilícita dos valores envolvidos.

Segundo a denúncia do MPF, o plano consistia em subornar outras empresas participantes da tomada de preços para que elas se retirassem da disputa. O valor de R$ 7 mil, que seria o pagamento por essa “vantagem indevida”, foi rastreado e serviu como uma das principais provas do crime.

O esquema foi confirmado, em grande parte, por meio de mensagens de WhatsApp apreendidas. Os diálogos entre os acusados mostravam detalhes da negociação e a coordenação da fraude. A prova da efetivação do plano veio quando um dos acusados, após receber o pagamento, enviou propositalmente uma certidão vencida para que sua empresa fosse desclassificada da licitação.

A defesa dos réus argumentou a falta de intenção criminosa e tentou desqualificar as mensagens como “brincadeiras”, mas a Justiça não acatou os argumentos, considerando que as provas eram robustas e demonstravam um ajuste doloso (com intenção) para cometer os crimes.

Previous Post

Colisão entre van e carro deixa feridos na BR-412, no Cariri

Next Post

Vereador Sargento Silva comemora aprovação de requerimento para reforma da ponte do Sítio Mulungu em Monteiro

Next Post
Vereador Sargento Silva comemora aprovação de requerimento para reforma da ponte do Sítio Mulungu em Monteiro

Vereador Sargento Silva comemora aprovação de requerimento para reforma da ponte do Sítio Mulungu em Monteiro

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Paraíba da Gente

© 2025 Paraíba da gente - Monteiro - PB .

  • Início
  • Sobre
  • Contato

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Início
  • Notícias
  • Política
  • Policial
  • Polêmica
  • Rádio
  • Contato
  • Sobre
  • Login

© 2025 Paraíba da gente - Monteiro - PB .