Passados sete meses das eleições municipais, uma pergunta ecoa entre eleitores atentos: “Você votaria nos mesmos candidatos a vereadores?”. A resposta, para muitos, já não é tão simples.
Alguns nomes seguem firmes no propósito, mantendo o compromisso assumido com a comunidade, presentes nas ruas, ouvindo o povo e tentando fazer jus à confiança recebida. Outros, porém, desapareceram como fumaça, deixando para trás apenas a lembrança dos sorrisos e apertos de mão de campanha — e, como sempre, devem ressurgir apenas quando um novo pleito se aproximar.
A história política local, repetida em tantos ciclos, mostra que carisma fabricado não se sustenta, e a ausência de trabalho não se esconde por muito tempo. “O mesmo voto que conduziu será o voto que não reconduzirá”, lembram os cidadãos mais críticos.
O voto é, ao mesmo tempo, bênção e correção. É a arma silenciosa do povo contra a decepção, o instrumento capaz de dizer “basta, não mais” quando a política se reduz a vaidade e esquecimento.
Assim, enquanto alguns vereadores já se consolidam como referência de atuação, outros vão, pouco a pouco, construindo o próprio afastamento. A democracia, no entanto, é generosa: ela dá ao povo a chance de corrigir os rumos.
No próximo encontro com as urnas, será o momento de separar quem trabalhou de quem apenas prometeu. Porque, como lembra a sabedoria popular, “a memória do eleitor pode até perdoar, mas não esquece”.
PARAÍBA DA GENTE