Durante participação no programa Edvaldo Reis, os vereadores de oposição Célio Môco, Ayane Môco, Antônio Bezerra e Lilinha expuseram as dificuldades enfrentadas no exercício de seus mandatos, principalmente no que diz respeito à ausência de diálogo com o Poder Executivo. Segundo os parlamentares, diversos requerimentos e pedidos encaminhados ao governo municipal sequer recebem resposta, o que evidencia, segundo eles, uma postura autoritária da gestão atual.
Entre os assuntos abordados, os vereadores destacaram a denúncia feita ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas relacionada ao processo seletivo simplificado para contratação de professores. De acordo com os parlamentares, o certame havia sido realizado sem a previsão de vagas para docentes, apesar de haver dezenas de profissionais contratados de forma temporária.
A pressão exercida pela oposição resultou na retificação do edital, com a inclusão de 20 vagas para professores. A decisão veio após mobilizações, reuniões com a categoria e cobranças públicas durante sessões na Câmara Municipal. “O executivo só se mexeu porque foi denunciado. Não houve boa vontade. Foi obrigação após pressão da Justiça e da oposição”, afirmou um dos vereadores durante o programa.
Os parlamentares também relataram que os próprios professores foram informados pela gestão de que a retificação só ocorreu por causa da denúncia feita pelos vereadores de oposição, o que confirma a relevância e efetividade da atuação fiscalizadora.
Apesar dos avanços, os vereadores destacaram o clima de hostilidade enfrentado na Casa Legislativa e o desafio de atuar em uma minoria que luta por transparência, respeito ao servidor público e atendimento às demandas da população.
“Fazer oposição nesse cenário é difícil, mas seguimos firmes por compromisso com o povo”, frisou Célio Môco.
A entrevista foi marcada por um tom de firmeza e responsabilidade, reforçando o papel fundamental da oposição em garantir a legalidade, a justiça e o bom uso dos recursos públicos.
PARAÍBA DA GENTE