A ligação de uma menina de 6 anos para a Polícia Militar (PM) ajudou a salvar a própria mãe, de 42 anos, que estava sendo agredida pelo marido – e pai da criança – no último sábado (7/6), no bairro Parque Brasil, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
No áudio da ligação, a criança relata que o pai, identificado como Marcio Augusto da Costa Silva, de 46 anos, estava batendo na mãe desde o dia anterior e que a mulher está “pingando sangue”.
Veja:
Durante a conversa, a menina aparenta estar um pouco nervosa, chorosa e parecia não saber o endereço preciso da ocorrência.
No final da ligação, a criança grita com a mãe perguntando a rua da residência da família e é possível ouvir a vítima dizer que estava bem – apesar de estar machucada.
Socos no nariz e na cabeça
Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar conseguiu o endereço da ocorrência e foram ao endereço da família.
Ao chegar no local, os policiais foram recebidos pela própria menina, que reafirmou as agressões do pai, contra a mãe. Na sequência, os agentes identificaram o agressor, que se apresentou na janela da residência e foi abordado.
Na ação, os PMs também notaram que a mulher estava lesionada e que havia mesmo sangue no local. Aos agentes, a vítima contou ter sido alvo de socos no nariz e na cabeça por parte do companheiro.
Ela ainda informou as autoridades que esse não seria o primeiro caso de situação de violência praticado por Marcio Augusto.
Investigação e medida protetiva
- O agressor foi preso em flagrante e conduzido à delegacia de Bragança Paulista.
- De acordo com o registro policial, os relatos da vítima, dos policiais envolvidos na ocorrência e o depoimento da filha do casal “evidenciam a gravidade e reiteração da conduta violenta por parte do indiciado”.
- A vítima agredida manifestou desejo de representar por medidas protetivas de urgência.
- O caso foi registrado como violência doméstica e lesão corporal pela Delegacia Seccional de Bragança Paulista.
Marcio Augusto passou por uma audiência de custódia no último domingo (8/6). Nela, o Tribunal de Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva.
