O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (24), após a intimação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o parlamentar, o caso reflete o que ele classificou como “perseguição política” contra Bolsonaro e seus aliados. O deputado também atacou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, em tom ofensivo.
“As pessoas estão exiladas. É uma perseguição política muito clara promovida por alguém completamente fora de si”, afirmou. Em seguida, Gilberto fez declarações polêmicas e ofensivas contra o ministro, sugerindo que ele não teria “plena saúde mental”, o que configura discurso passível de responsabilização judicial.
A intimação de Jair Bolsonaro foi cumprida na última quarta-feira (23) dentro da UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente se recupera de uma cirurgia no intestino. A medida foi autorizada por Alexandre de Moraes após Bolsonaro ter participado de uma live, diretamente do hospital, na noite anterior.
A decisão de Moraes segue a tramitação legal de um processo penal, que exige que todos os réus sejam formalmente notificados da denúncia. O ex-presidente faz parte do grupo apelidado de “núcleo 1” da investigação, composto por aliados diretos que teriam participado da suposta tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A denúncia contra esse grupo foi aceita pela Primeira Turma do STF no início de abril.
O processo investiga possíveis crimes como golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano ao patrimônio público. Com a abertura da ação penal, os réus passam a ter direito à defesa, podendo apresentar testemunhas e solicitar produção de provas.
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