Enquanto o trabalhador brasileiro enfrenta uma rotina exaustiva de trabalho, muitas vezes sem o devido reconhecimento ou remuneração justa, a realidade dos parlamentares gera debates acalorados sobre privilégios e produtividade. Um caso que chamou atenção foi o do deputado federal Tiririca (PL-SP), que em 2024 trabalhou apenas 68 dias, registrou 30 faltas e somou 218 dias de folga.
O levantamento, baseado na agenda parlamentar, evidencia um contraste marcante com a vida da maioria dos brasileiros, que cumpre jornadas de até 44 horas semanais e luta para equilibrar trabalho, família e bem-estar. A situação é agravada pela falta de reajustes salariais compatíveis com a inflação e a precarização de diversas categorias profissionais.
O Caso de Tiririca
Francisco Everardo Oliveira Silva, conhecido nacionalmente como Tiririca, tornou-se deputado em 2010 prometendo representar o povo de forma humorada, com o famoso slogan “Pior que tá, não fica.” Contudo, seu desempenho ao longo dos mandatos tem sido questionado. Em 2024, ele participou de apenas 68 sessões e foi ausente em 30 ocasiões — sem justificativas registradas em algumas delas.
Além disso, o parlamentar se beneficiou dos longos recessos legislativos e outras prerrogativas do cargo, como auxílio-moradia e verbas de gabinete, enquanto milhões de brasileiros enfrentam dificuldades para pagar aluguel ou garantir o básico para suas famílias.
O Trabalhador Brasileiro: Um Cenário de Dificuldades
De outro lado, o trabalhador comum enfrenta uma rotina implacável:
•Jornadas de trabalho que frequentemente excedem as 8 horas diárias.
•Salários mínimos que mal cobrem as despesas básicas.
•Poucas ou inexistentes folgas remuneradas.
•Falta de acesso a benefícios como assistência médica e previdência social.
O Debate Sobre Privilégios Parlamentares
O caso de Tiririca reacende a discussão sobre a necessidade de reformar os privilégios concedidos a parlamentares. Para muitos, o modelo atual representa uma desconexão com a realidade do povo brasileiro, reforçando desigualdades e enfraquecendo a confiança na política.
Enquanto o trabalhador luta por reconhecimento e melhores condições de vida, é urgente que os representantes eleitos mostrem comprometimento real com suas responsabilidades e com as demandas da sociedade que os elegeu. Afinal, como garantir um país mais justo se o exemplo não vem de cima?
A sociedade espera por mudanças, e cabe a cada cidadão cobrar ética e produtividade de seus representantes.
PARAÍBA DA GENTE