“Eu tinha um caroço pequeno no peito que não me incomodava, mas depois ele começou a crescer, doer e ficar vermelho. Fui ao médico, fiz uma mamografia e biópsia, mas não esperava sair com o diagnóstico de câncer de mama”, relata Carlos Roberto de Oliveira, de 70 anos, diagnosticado com a doença, rara em homens, em 2020.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), casos de câncer de mama entre a população masculina representam 1% do total. Em Juiz de Fora foram quatro casos entre 2023 e 2024, conforme dados da Secretaria de Saúde encontrados nas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).
Hoje, curado da doença, Carlos destaca a importância, principalmente dos homens, de buscarem mais cuidados com a saúde.
“Qualquer carocinho que aparece no seu corpo, você tem que tem que olhar e correr atrás. Tem que ir ao médico, porque eu nunca imaginava ter câncer de mama. As pessoas precisam se cuidar mais”.
Para o diagnóstico precoce da doença, que garante chances de cura de 95%, a médica oncologista que acompanhou o caso, Christiane Maria Meurer Alves, alerta que os homens devem ficar atentos a quaisquer sinais de alteração na região das mamas, uma vez que embora não tenham mamas desenvolvidas, eles possuem tecido mamário, ainda que plano e pequeno, e podem desenvolver a doença.