Antonio Fagundes deu detalhes sobre a rotina com a diabetes tipo 2. O ator, que descobriu a doença há cerca de oito anos, explicou que ela chegou de maneira silenciosa. Ele descreve o diagnóstico como “agressivo e sufocante” –especialmente por mexer com aspectos cotidianos, até no consumo de frutas em sua dieta.
“A descoberta foi violenta, há uns oito anos. Perdi 10 quilos em uma semana”, destacou em entrevista à revista GQ. “Comia muitas frutas, que têm frutose, uma espécie de açúcar, e não sabia que era um problema em excesso”, afirmou.
Atualmente, o ator tem 75 anos, e a doença está controlada com medicamentos e treino. Ele se exercita quatro vezes na semana, dividindo as atividades entre musculação e aeróbicos. “Estou melhor do que muita gente que não tem diabetes”, comemorou.
A diabetes, inclusive, nunca o impediu de seguir com seus projetos. Atualmente, ele tem diversos planos para colocar em prática, e segue na ativa com peças, filmes e séries.
Em breve, ele estreia no streaming com a adaptação do podcast Praia dos Ossos, que se debruça sobre o caso da socialite Ângela Diniz (1944-1976), está em cartaz com a peça de teatro Dois de Nós, e ainda estrela a continuação do filme de sucesso Deus É Brasileiro (2003). “Meu propósito é hoje”, declarou.
Onda de remakes
Apesar de estrear uma continuação baseada na nostalgia, recentemente, em entrevista ao Roda Vida, o ator criticou a nova fase de remakes da Globo. Ele acredita que a falta de investimento em criação e formação de atores é a grande vilã do entretenimento atualmente, o que leva à necessidade de apelar para obras já bem-sucedidas.
“Não sei te dizer o que aconteceu, mas parece que as pessoas pararam de investir na criação. O que aconteceu com a televisão brasileira é uma coisa interessante de a gente observar”, começou.
“Foram décadas de ouro na teledramaturgia brasileira, mas aquilo não surgiu do nada, aquilo foi sendo formado. A própria TV Globo investiu muito, durante décadas, na formação dos seus artistas –e não só na criação de textos, na direção, na produção, nos cenários, nos figurinos, na interpretação”, observou o veterano.
“Eu passei 44 anos na TV Globo, e eu posso dizer que a minha formação se deve a esse processo de investimento de uma grande empresa em cima dos criadores. Nós não podemos fazer do nada com que isso apareça, não é do nada. O que está acontecendo agora, nós só vamos colher os frutos daqui a 30 anos. Por isso que está tendo essa coisa louca”, apontou.
