Um a cada dez candidatos a prefeito nas Eleições Municipais de 2024 no Brasil não nasceram no mesmo estado em que disputam um município para governar. São os chamados “forasteiros”.
Do total de 15,4 mil candidatos a prefeito no país, 2,1 mil são de unidades da Federação (UFs) diferentes de onde disputam eleição, o que representa 13,6% do total.
A UF com mais “forasteiros” na campanha política para prefeitura é Rondônia, estado que faz fronteira com a Bolívia e que foi criado há menos de 50 anos, em 1981.
Mais da metade (66,5%) dos 167 candidatos que disputam as 52 prefeituras do estado do Norte brasileiro não nasceram ali.
Veja a comparação:
Gráfico
Os dois candidatos favoritos da capital Porto Velho (RO) não nasceram em Rondônia. São eles: Mariana Carvalho (União), que nasceu em São Paulo (SP), e Léo Moraes (Pode), de Foz do Iguaçu (PR), que estão com 40,3% e 20,4% das intenções de votos, respectivamente.
Quando comparadas as regiões do Brasil, a Norte é a com a maior proporção de “forasteiros” entre os candidatos (34,9%), e a Sul tem o menor índice (13,6%).
Poucos “forasteiros”
Na contramão de Rondônia, em outro extremo, está o Rio Grande do Sul. Mais de 96% dos candidatos a prefeito dos municípios gaúchos nasceram no estado em que disputam as eleições.
Para se ter uma noção, dos oito candidatos a prefeito na capital Porto Alegre (RS), apenas um não nasceu no Rio Grande do Sul. Trata-se de Sebastião Melo (MDB), natural de Piracanjuba (GO).
Entre os outros sete candidatos, cinco são nascidos em Porto Alegre e outros dois no interior gaúcho.
