No dia do compositor brasileiro, destacamos o alto potencial da nossa terra, Monteiro é rica em grandes talentos da múscica, são muitos nomes que se destacam no cenário nacional, a exemplo de Flávio José Banda Magníficos e muitos outros. Compositores consagrados da nossa música, Ilmar Cavalnte, Nanado Alves, Washington Marcelo e muitos outros.
Com certeza você já dançou ao som da música “Mensageiro Beija-Flor”, “Um passarinho” ou até mesmo “Lápis de Cor“ nas vozes de cantores consagrados da música nordestina como Flávio José, Santanna e Jorge de Altinho. No entanto, nem todo mundo sabe que estas canções não pertencem a nenhum desses artistas, sendo de autoria de um compositor paraibano que vive de forma simples na mesma cidade em que nasceu, acompanhando com orgulho e alegria o sucesso conquistado pela sua trajetória musical.
Em Monteiro, no Cariri paraibano, se inicia a vida e trajetória de Nanado Alves, considerado por artistas nordestinos como uma das principais referências musicais do estado. Estando agora próximo dos 50 anos, o filho do pedreiro Severino Ludo de Oliveira e da cozinheira Josefa Maria Alves havia percebido a habilidade para a música desde a infância, quando tocava e cantava nas festas com os amigos. A criança cresceu e tornou-se um dos principais nomes da música tradicional nordestina, tendo mais de 300 canções compostas e inúmeros prêmios conquistados ao longo da carreira pela contribuição ao enriquecimento da cultura nordestina.
Além de compositor, Nanado Alves é instrumentista e poeta. No início de sua carreira no meio musical, foi percussionista de bandas de sucesso como Banda Magnífícos e Banda Reflexus. O convívio com os instrumentos musicais ajudaram no desenvolvimento da veia compositora do artista, que aos poucos foi ganhando espaço e tendo seu trabalho reconhecido.
Sobre a habilidade de compor, o artista afirmou ter recebido um dom e que a inspiração é o primeiro passo para se criar uma música. Nanado Alves reconheceu ainda que tocar instrumentos musicais ajuda no desenvolvimento da canção, mas que não é requisito obrigatório. “Depois [da inspiração], vem a particularidade de cada cantor. Eu particularmente gosto de um pouco de silêncio. Como toco um pouco de violão, isso ajuda, pois posso fazer as melodias, gravar e tudo mais”, enfatizou.
Simples na forma de falar e tratar as pessoas, Nanado segue encantando e emocionando através de suas músicas, recebendo em troca o carinho e o reconhecimento de um povo apaixonado pelo forró tradicional, deixando claro que “músico” é e sempre será para o compositor mais do que uma profissão, mas uma identidade.
PARAÍBA DA GENTE COM REPORTER JUNINO