Givaldo Alves de Souza, ex-mendigo que virou influenciador digital depois de ser espancado por um personal trainer que o flagrou com sua mulher, já ficou preso durante oito anos. Ele foi condenado por furto qualificado e extorsão mediante sequestro; foi solto em 2013. Na sexta-feira (20), em um vídeo publicado em seu YouTube, o ex-morador de rua admitiu que ficou preso, mas não explicou os crimes.
“Desde que eu saí da prisão não tem sido fácil, mas eu tenho me esforçado demais e eu tenho conseguido, tanto que não me envolvi mais com coisas erradas. Isso já faz quase dez anos, pra mim é uma coisa que cada ano é uma vitória”, disse ele, em vídeo.
As informações sobre o passado de Givaldo Alves foram publicadas em uma reportagem do jornal Estado de Minas. Segundo os processos, o furto aconteceu em 2001 (com condenação em 2005), já o sequestro foi registrado em 2004. O ex-mendigo chegou a ter quatro carteiras de identidades diferentes.
No passado, o agora influenciador digital teria invadido a casa de uma pessoa junto com outros dois indivíduos armados, usando violência, sequestrado uma mulher e cobrado pelo resgate.
Inicialmente, ele foi condenado a 17 anos de prisão pelo sequestro e pegou mais dois anos pelo furto. Foi solto em 2013, após uma revisão criminal das penas. Desde então, não teve mais problemas com a Justiça.
“Faltaria papel para eu poder descrever as coisas que me arrependo, mas o que mais me arrependo é quando eu ouvi pessoas que se diziam meus amigos e deixei de ouvir meus pais, aí eu acabei errando e por isso eu paguei muitos anos. Perdi a convivência com milha filha durante anos”, comentou Givaldo no vídeo.
Atualmente, Alves conta com mais de 470 mil seguidores no Instagram, produz conteúdos para redes sociais, frequenta eventos e ostenta carros de luxo.
“A fama é um negócio muito louco, algumas pessoas não acreditam que é o mendigo, falam Givaldo, Givaldo. Isso é maravilhoso, conversar um pouco com as pessoas e saber que elas querem conversar comigo e me conhecer. Mas é estranho porque há três meses eu era invisível e as pessoas mudavam de lado [na calçada] e nem respondiam um oi”, comentou ele em um vídeo.
