O pastor da Assembleia de Deus de Alagoas, José Olímpio da Silva Filho, foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão por suposto crime de homofobia ao postar em uma rede social que estava orando pela morte do comediante Paulo Gustavo.
Em abril do ano passado, quando o ator ainda estava internado por conta da covid-19, pouco antes de sua morte, o pastor fez postagem criticando aqueles que estavam orando pela cura do comediante, afirmando ainda que estava orando para que “o dono dele o leve para junto de si”.
Apesar de não ter citado a orientação sexual do ator, o juiz Ygor Figueiredo, da 14ª vara Criminal da Capital de Alagoas, alegou “tom discriminatório é cristalino” por parte do pastor, acusando de “conduta preconceituosa”.
“No caso em apreço, diante das evidências existentes nos autos, da foto escolhida para a postagem e do reconhecimento nacional do qual gozava o ator, inclusive por seu engajamento na pauta da comunidade LGBQTIA+, o tom discriminatório é cristalino, motivo pelo qual resta demonstrada que a conduta preconceituosa foi feita em virtude da orientação sexual do senhor Paulo Gustavo”, diz o magistrado em trecho da decisão.
A postagem foi feita na conta pessoal do pastor no Instagram e apagada depois da repercussão negativa. Acompanhado de uma foto do ator, o texto dizia: “Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza? E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”.
Na ocasião, Olímpio se referiu ao filme “Minha Vida em Marte” em que o ator interpreta um personagem que diz que Jesus iria a um show de Pablo Vittar se estivesse aqui agora.
Dias depois, José Olímpio pediu desculpas pela publicação. “Quão tolo eu fui! Por ter escrito a sandice que escrevi, mesmo sem no meu íntimo desejar a morte de ninguém, pois apesar de minhas fraquezas, sou um cristão convicto. Peço mil vezes a todos: DESCULPAS, DESCULPAS, DESCULPAS”, se desculpou.
Olímpio ainda disse que se colocou à disposição para que a Mesa Diretora da Convenção dos Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado de Alagoas e solicitou que o Conselho Consultivo de Ética analisasse o seu caso.
Fonte: Gospelprime
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